Diário do Mercado na 4ª feira, 16.01.2019
Ativos locais têm pouca oscilação, Bolsa fecha com leve avanço
Comentário.
Em dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, o índice encerrou com ligeira alta (+0,36%), ao passo que dólar e juros fecharam praticamente estáveis.
Já os mercados acionários internacionais tiveram sessão modestamente mais positiva em razão de declarações mais “dovish” de dirigentes do Fed, isto é, mais amenas em relação à política monetária.
Além disto, contribuiu também a vitória de Theresa May, primeira-ministra britânica, sobre a monção de desconfiança, após a derrota sobre o acordo do Brexit.
Domesticamente, o comportamento dos ativos espelha a cautela e a expectativa dos investidores sobre os próximos passos da agenda de reformas.
Ibovespa.
Como tem ocorrido nos últimos dias, o principal índice doméstico operou acerca da estabilidade na maior parte da sessão, mas o fechamento se deu na máxima intradiária, embora com avançando marginalmente.
Suzano, B3 e Vale lideraram em termos ponderados as altas da sessão. Na outra ponta, Itaú e Embraer recuaram.
O Ibovespa fechou aos 94.393 pts (+0,36%), acumulando alta de 7,40% no mês e no ano e de 18,24% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 16,6 bilhões, sendo R$ 16,4 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 14 de janeiro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 200 milhões, o saldo negativo de janeiro e do ano passou a R$ 229 milhões.
Agenda Econômica.
O setor de serviços ficou estável (0,0%) em novembro de 2018, com manutenção do quadro de estabilidade de setembro (-0,3%) e outubro (0,0%), na série com ajuste sazonal, segundo dados do IBGE. Na comparação com novembro de 2017, o setor cresceu 0,9%. Já o acumulado em 12 meses interrompeu sequência negativa de 41 taxas, fechando também estável (0,0%).
O IGP-10 registrou um recuo de 0,26% em janeiro, acumulando de 6,80% em 12 meses, dados apresentados pela FGV.
Câmbio e CDS.
Em dia vazio em termos de direcionadores mais importantes, o dólar navegou em banda estreita, entre R$ 3,7100 e R$ 3,7360. O real registrou um dos piores desempenhos em uma cesta com as principais moedas e emergentes.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7320 (+0,08%), acumulando queda de -3,69% no mês e alta de 15,69% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos desceu a 182 pontos ante 183 pontos da última sessão.
Juros.
As taxas dos juros futuros encerraram a sessão regular praticamente estáveis, na ausência de notícias relevantes acerca das reformas e na esteira dos outros ativos domésticos.
O DI para janeiro de 2020 terminou em 6,59% ante 6,60% do último ajuste. O DI para janeiro de 2021 fechou em 7,43% o mesmo valor da última sessão. O DI para janeiro de 2023 passou de 8,51% para 8,50% no ajuste de hoje. O DI para janeiro de 2025 encerrou em 9,01% frente 9,00% de ontem.
Para 5ª e 6ª feira.
No Brasil: Atividade econômica (IBC-Br) e IPC-Fipe. Nos EUA: Pedido de bens duráveis e Produção manufatureira.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 16.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos.